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O jeito Harvard de ser feliz

  • Foto do escritor: Simone Demolinari
    Simone Demolinari
  • 21 de fev. de 2019
  • 2 min de leitura

Aprendemos que primeiro precisamos ter sucesso na vida, para depois sermos felizes. Mas, alguns estudos no campo da psicologia e da neurociência têm nos mostrado que essa fórmula, na verdade, funciona de maneira inversa: precisamos ter felicidade para que, então, o sucesso ocorra. Essa premissa é defendida por Shaw Achor, autor do best-seller “O jeito Harvard de ser feliz”. Segundo ele, quando somos positivos, otimistas e confiantes, nosso cérebro se envolve mais, torna-se mais criativo, motivado, energizado e produtivo para o trabalho.

Essa teoria foi colocada em prática numa empresa que contratou duas equipes de funcionários: a primeira, foi escolhida a partir da aptidão e experiência profissional. Já a segunda foi montada considerando apenas o nível de felicidade medida em testes. Após um ano de trabalho, a segunda equipe superou a primeira em 19%. E, após o segundo ano, em 57%.

A explicação para tal resultado está na forma de se comportar das pessoas. Segundo o autor, só conseguimos prever 25% do sucesso de um funcionário no trabalho através da sua inteligência e habilidade técnica. Os outros 75% são previstos por três categorias gerais:

- Otimismo: tendência natural de ver o lado bom da situação, mantendo a confiança em si e no seu comportamento;

- Conexão social: competência de se relacionar bem com as pessoas, facilidade para conquistar amigos e lidar com situações delicadas;

- Habilidade para lidar com o estresse: a maneira como lidamos com as emoções é que determina o nível do equilíbrio e da saúde mental.

Segundo o autor é possível conseguir tais habilidades através de quatro lições:

1 - Ver o problema como desafio, não como ameaça: quando deparamos com um problema, podemos encarar a situação como tragédia e estagnar no sofrimento, ou podemos transformá-lo em desafio. Tudo que acontece na nossa vida é para o nosso aprendizado. Pensando assim, até as coisas ruins são boas.

2 - Cultivar as amizades: um bom círculo de amigos faz toda diferença. E não só os amigos íntimos, mas também amizades despretensiosas, com quem é possível sair, descontrair, trocar ideias. Relacionar-se com quem nos acrescenta e energiza a vida. É sempre bom investir em amizades: elas são um importante pilar, sobretudo em recomeços.

3 - Teoria dos 20 segundos: consiste em dificultar em no mínimo 20 segundos a execução de um hábito negativo. Exemplo: deixar o telefone fora do alcance da mão.

4 - Moldar a forma como nosso cérebro enxerga o mundo: repetimos os mecanismos que mais utilizamos, sejam eles positivos ou negativos. Portanto, se quisermos ser mais otimistas, precisamos cultivar pensamentos, sentimentos e hábitos positivos. A saúde mental depende de nutrir bons sentimentos. Afinal, fazer ginástica todos os dias, seguir dieta saudável, tomar muita água, e evitar açúcar e sal contribuem para a manutenção da saúde. Mas, se não soubermos administrar bem os nossos sentimentos e emoções, inevitavelmente adoeceremos.

 
 
 

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Psicoterapeuta com formação em Psicanálise Clínica e Mestrado com linha de pesquisa em Anomalia Comportamental pelo ISCTE / Fundação Getulio Vargas.
Articulista do Jornal Hoje em Dia e Revista Exclusive.
Desde 2010 está no ar diariamente na rádio 102,9 FM; e desde 2014 semanalmente na 98 FM falando sobre comportamento.

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