No 8 de março, uma homenagem às mulheres
- Simone Demolinari
- 7 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
Os primeiros registros do “Dia da Mulher” são de 1909, em Nova York, numa passeata onde 15 mil mulheres reivindicavam melhores condições de trabalho – na época, as jornadas para “elas” poderiam chegar a 16 horas por dia, seis dias por semana e, não raro, incluíam os domingos.
De lá para cá, muitas conquistas foram alcançadas e todo esse universo de força e coragem é reconhecido e comemorado no dia 8 março. Há um ditado que diz que mulher é sexo frágil, mas na prática, não é isso o que ocorre. O que muitos consideram fragilidade é, na verdade, sensibilidade, o que também é uma característica positiva. É da sensibilidade que nasce a empatia. Em homenagem a essa data, vale ressaltar três grandes qualidades das mulheres: força, equilíbrio e coragem. Força:
– Multiplica-se em várias: trabalhar fora, cuidar dos filhos, da casa e de si mesmas; – Mulheres têm um mundo mais unissex e menos preconceituoso; – Aprendem, desde cedo, através das cólicas menstruais, a não se abater com a dor. Com isso, conseguem trabalhar, estudar, namorar e até ir a uma festa, mesmo sentindo dor; – Resiliência para conviver diariamente com o preconceito, que oprime e discrimina, e ainda assim, continuam lutando pelos seus direitos, incansavelmente; – Convivem com o assédio de rua e, mesmo assim, continuam o caminho sem desanimar; – Enfrentam as barreiras impostas pelo mercado de trabalho ainda desigual; – Criam filhos, muitas vezes sozinhas; – Conseguem esconder um sofrimento para poupar aqueles que amam; Equilíbrio:
– Mulheres desenvolvem autocontrole e equilíbrio emocional para lidar com situações constrangedoras no ambiente do trabalho, como por exemplo: – O chefe que tece elogios de forma dúbia e intimidadora; – Ter sua “competência” muitas vezes medida pela aparência física; – Ter que trocar de roupa para não ser alvo de cantadas; – Lidar com situações que condicionam promoção ao sexo; – Conviver com o boicote profissional após negar as cantadas do chefe; Coragem:
– São elas que encorajam o homem a se casar e a assumir compromisso de formar uma família; – São elas também que, corajosamente, decidem engravidar e gerar um filho; – Lutam para que os pais participem mais da criação dos filhos; – Perdoam com mais facilidade uma traição; – E, novamente, são elas que, quando a vida conjugal vai mal, decidem se separar; – E, depois disso tudo, ainda encontram coragem para recomeçar.
Todo esse universo de força, equilíbrio e coragem é reconhecido e homenageado. Porém, é preciso ir além dos cumprimentos e das flores. Parabenizar a esposa, filha, namorada, funcionária, mas continuar com posturas preconceituosas, sexistas e opressoras é hipocrisia! As homenagens são bem-vindas. Mas elas precisam acontecer diariamente, sob forma de respeito e valorização; não de um simples “parabéns”.




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