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Você está satisfeito com as suas condutas?

  • Foto do escritor: Simone Demolinari
    Simone Demolinari
  • 12 de dez. de 2019
  • 2 min de leitura

Dezembro é um mês propício para refletir sobre a vida, fazer um ajuste nas metas e adequar aquilo que não se concretizou no ano anterior. Somos estimulados, desde novos, a ter em mente objetivos de natureza material. Almejamos aumentar os ganhos, viajar, comprar ou trocar o carro, mudar de emprego, economizar dinheiro, comprar um imóvel, etc. Direcionamos nossos esforços para a área material e damos pouca importância aos avanços emocionais. Não deveríamos ser assim, visto que, quanto mais saudáveis emocionalmente, mais aptos às conquistas ficamos. Mas avançar nesse sentido não fácil requer um empenho que nem sempre as pessoas estão dispostas a ter. Aos que pretendem se dedicar aos avanços emocionais, convém começar pela autoestima. Ao contrário do que muitos pensam, autoestima não tem a ver com beleza, status ou bens materiais – isso está relacionado com a vaidade, algo externo. A vaidade é “para fora”, enquanto a autoestima é “para dentro”, ocorre no silêncio da nossa intimidade. Uma boa autoestima ocorre quando nos sentimos satisfeitos com nossas condutas, atitudes, posturas e vivemos de acordo com nosso código interno de valores. Sem nos trair ou violentar. Conseguir posicionar-se é algo fundamental para a autoestima. A dificuldade em falar “não” tem a ver com a baixa autoestima, pois deriva do fato de que- rer agradar para ser aceito por todos. Uma prisão Não é simples manter a autoestima alta. Depende de posturas que, muitas vezes, sentimos dificuldade de colocar em prática, como por exemplo: – Livrar-se rapidamente de situações desconfortáveis: uma boa autoestima não suporta dores evitáveis. Quando o ambiente é desfavorável, dá-se um jeito de sair daquela situação. Resolver o problema ao invés de remoê-lo. – Aceitar com docilidade as dores que a vida forçosamente nos impõe: absorver a realidade e não ficar desejando o imaginário. Viver no mundo de ilusões, além de fonte de sofrimento, é dreno de autoestima. – Não se pautar pelo julgamento alheio: a boa autoestima está associada à autoconfiança. Pessoas seguras até levam em conta a sugestão alheia; contudo, seguem firmes em suas convicções. – Fazer as pazes com a imperfeição: isso não significa estagnar sem evoluir. Significa respeitar as fragilidades sem que isso signifique demérito ou menos valia. – Cultivar bons hábitos: comer bem, praticar atividade física, cuidar da saúde, prezar pelo sono, se livrar dos vícios. Tornar as atitudes autoconstrutivas uma fonte de prazer constante. – Aprender a dizer “não”: conseguir se posicionar é algo fundamental para a autoestima. A dificuldade em falar “não” tem a ver com a baixa autoestima, pois deriva do fato de querer agradar para ser aceito por todos. Uma prisão. – Livrar-se da autoafirmação: autoafirmar-se é um recurso geralmente usado por pessoas que, no fundo, sabem que são um blefe, mas fingem superioridade através da fala. Quem se sente bem consigo não reverbera suas qualidades aos quatro cantos. Isso é atitude de pessoas inseguras, que precisam, através da fala, afirmar aquilo em que nem elas próprias acreditam.

 
 
 

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Psicoterapeuta com formação em Psicanálise Clínica e Mestrado com linha de pesquisa em Anomalia Comportamental pelo ISCTE / Fundação Getulio Vargas.
Articulista do Jornal Hoje em Dia e Revista Exclusive.
Desde 2010 está no ar diariamente na rádio 102,9 FM; e desde 2014 semanalmente na 98 FM falando sobre comportamento.

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